O recorte da costa configura como que um “V” apertado, acomodando no seu interior um pequeno e acolhedor areal ladeado por paredes rochosas ocres e muito trabalhadas pela erosão. Um cénico e enorme leixão marca a linha central da praia, cortando o horizonte.
A linha de arriba mantém-se altaneira em toda a extensão da praia: o acesso ao areal é feito através dum túnel escavado à mão na parede rochosa, onde se observam inúmeros fósseis marinhos embutidos. E alguém escavou com gosto e paciência, não só o túnel, mas inúmeros nichos, pórticos e até um cómodo espaço para um bar, em plena face da arriba.
O barranco que antecede a praia é muito verdejante e alberga densos matos litorais onde dominam o zimbro, a aroeira e a palmeira-anã, a única palmeira nativa da Europa. Um emaranhado de lianas cresce profusamente sobre os arbustos, que se fazem colorir por líquenes na época húmida. Na rocha calcária já exposta à salsugem, crescem plantas típicas das arribas como o limónio ou o vistoso pampilho-marítimo.
Fonte: Portugal +
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